segunda-feira, 15 de março de 2010

Trezentos e sessenta e cinco dias!





Há um ano atrás a minha história começava a ser escrita diferente, narrada por um vóz rouca.


Depois de algum tempo de vida bohemia modificou-se, foi justamente no dia quinze de março que meus dias passaram a ter um ritmo diferente.
Era uma tarde de domingo, fazia calor, e a minha vida de farra me chamava.


Talvez o que eu queria naquela tarde era esquecer o que tinha a ser esquecido, e começar a ver a vida como eu realmente desejava, ou então vomitar todas as palavras, toda a raiva que eu sentira de mim mesmo, e que alguém me escutasse sem críticas, e sem nenhum tipo de blá blá. Só ouvisse.
Enfim. . .
Saí. Andei e bebi, encontrei várias. Eu dei risada, Então já valeu.

Horas se passaram e eu alí naquela praça, vagando como se conhecesse todos, mas ao mesmo tempo ninguém.
E as horas daquela tarde de calor diminuiam ... acho mesmo que o fim da tarde estava se aproximando. Foi mesmo ao entardecer que relembrei de conversar diarias que me faziam sorrir e estavam ocupando um lugar que não era mais de ninguém, mas mesmo assim preenchia aquele vácuo com todo afeto.
Protegida pela sorte, seguiu em frente, recebeu um abraço afetuoso e um simples sorriso. Fico feliz, afinal as coisas verdadeiras sempre fizeram a sua cabeça.
A mania que a gente tem de achar que sabe o que sempre nós espera, me surpreendeu aquele dia. Possibilidades, a gente já tinha uma certa intimidade, que acabou por acabar em vontade.
Como eu iria controlar essa vontade? E se ele não estivesse afim? Que confusão! Já estava estampado em meu rosto ... Decidi que eu iria disfarçar ao máximo, poderia ser pouco, mas seria o meu máximo.

E no final das contas ou da tarde eu toquei as suas mãos, lembro como se fosse a trezentos e sessenta e cinco dias atrás e disse : tuas mãos são leves e grandes ... e veio até mim um sorriso tolo.
E como se fosse uma cena de filme, o beijo.
Hoje não preciso muito pra imaginar a cena novamente.
Eu derreti, eu me perdi. Fazia frio, porém, calor. Derreti perto e longe, milhas e milhas daqui.
E por dias a cena se repetia em meu pensamento, não entendia o porque da insitência de certas cenas se nem ao menos eu fazia questão de relembra-las. Hoje eu entendo.

Passo a passo, sem querer 'querendo' me envolvi. De leve. Talvez, não tão leve.
Você era meu primeiro e meu último pensamento do dia. E os encontros foram acontecendo naturalmente, assim como o sorrisos tolo. Contigo foi e é sempre diferente, hoje trezentos e sessenta e cinco dias após o primeiro beijo, eu ainda desejo o mesmo. Pode ser aquele que a gente aprendeu junto, pode ser aquele primeiro, é . . . podem ser diferente, mas são teus.
Manias e defeitos contruídos, discussões e mini-guerras, afinal tu nunca foi fácil e eu tão pouco.
Dias sem se ver, as condições já não eram as mesma, mas alguma coisa tua tinha ficado em mim, e alguma coisa minha ainda se estabelecia aí dentro. Talvez a teimosia e o riso tolo. Pode parecer estranho, ou não.
Dias amargos e sem cor, não seria fácil sobreviver, não do jeito que estava vivendo. Mas aprendi. A gente sempre aprende, esperar, esquecer, lembrar, amar, odiar e por fim compartilhar. Foram poucas as vezes que te desejei só para mim, talvez não fosse o que eu realmente quisesse no momento, mas ficar sem realmente não dava. E não dá.
Sempre fui muito verdadeira, com tudo que falei e casos que contei.
E como eu sempre falo; pra algumas pessoas a gente pede segredo, tem outras que nem isso é necessário. São pessoas especiais, hoje tanto tempo depois, tantas coisas que vivemos, e tantos dias que deixamos de viver, me ensinaram que mesmo que a vida coloque obstáculos no seu caminho você não deve desistir no primeiro, pois a emoção da chegada dos segundo nunca chegará.
Viva. Vale a pena :D

Sempre desejei o melhor pra mim e pra você, sempre rezei por mim e por você, sempre desejei o melhor, sempre. Nunca fui mesquinha e tão pouco maldosa. Já me enchi e me esvaziei de esperança, ja renovei promessas e já prometi por nós.
Continuarei por aqui, talvez por aí, e quando as palavras não bastarem mais eu quero poder olhar em teus olhos e dizer que por tudo você continua na minha mente, que por ter você por perto talvez me sinta diferente e por fim . . .


. . . Vem o tempo e atravessa as portas, adentra pelas janelas, não cumprimenta ninguém e ainda leva o que se julga ser dono.
Leve... Ora, que leve!
E que seja sempre assim, mas que ele me deixe a mania de encontrar seu abraço em qualquer canto e seu cheiro em meu corpo...
E só!


Feliz trezentos e sessenta e cinco dias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário