domingo, 8 de novembro de 2009

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Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
O vento da noite gira no céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ele também . . .
Em noites como esta tive em meus braços.
Beijei tantas vezes sob o céu infinito.
Ele amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não o tenho.
Sentir que já o perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ele.
A noite está estrelada e ele não está comigo.
Isso é tudo. Ao longe alguém canta.
Ao longe. A minha alma não se contenta.
O meu coração procura-o, ela não está comigo.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.
Porque em noites como esta tive em seus braços, a minha alma não se contenta por havê-lo perdido.
Embora seja a última dor que ele me causa . . .

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