Feche os olhos e se jogue sem medo do que existe logo à frente
Te vi correndo de vestido branco, cabelos soltos e sorriso estampado no vento
Cuido das flores e penso em você, rego com toda delicadeza do mundo.
E então, enxergo a fragilidade que você finge não ter
Desabe, desmorone, chore até as lágrimas secarem
Estarei de braços estendidos ao seu lado
Entrelace os dedos nos meus dedos e vamos como sempre fomos pela cidade em movimento
Enfrentando o calor, o frio, o tédio e o trânsito
Não existe acaso, não somos de passagem
Eu te provo todo mistério que existe em nosso itinerário desde as primeiras palavras trocadas
Há energia triusfante do universo conspirando a nosso favor
E quando perguntaram ao Leminski se amor acaba prontamente ele respondeu que não
Que se transforma ou em raiva, ou em rima.
O meu por você é prosa diária, poesia horária, minuto a minuto confirmando a existência
Desse fio imaginário que nos une
Então, não ignore os sinais, não parta sem experimentar toda beleza para nós guardada
Aceite meu abraço, meu beijo, meu jeito, meu sexo, meu lapso, a violência que cometo contra mim, a integridade que ofereço a você
Pois sou grato pelo seu colo, seu afago, pelo seu perdão, os conselhos que me doa, pelo seu sono que vigio, pela integridade que oferece a mim e a violência contra mim que não me deixa cometer
Aceite nossa existência e essa condição a nós dois imposta bem antes de nascermos
A de que fomos feitos um para o outro
E que o caminho nessas terras percorreremos juntos
Jogue todos os pesos para bem longe e venha flutuar comigo, meu amor, meu abrigo!
Zuza Zapata
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