quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 23 de agosto de 2011
essa frase eu ADORO!
Quando tudo nos parece dar errado
Acontecem coisas boas
Que não teriam acontecido
Se tudo tivesse dado certo.
Renato Russo
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
terça-feira, 9 de agosto de 2011
sei-lá, de repente acontece.
e em outra dessas conversas que a gente acha que vai levar a algum lugar, que não seja a cama, a gente conversa mais uma vez. Todas as vezes são diferentes, mas a de ontem foi mais.
Antes de sair de casa a gente sabia do encontro. Tá.
Pensei eu; levo um guarda-costas, uma faca ou uma camisinha. Precisaria estar preparada.
Engraçado.
A hora nem demorou tanto para passar ou então sei-lá, era hora. Ele ligou.
- Tô aqui.
-Estou indo.
- Tá, beijo.
Simples, a gente não é de rodeios.É.
Nem chegado tinha, outra vez ligou.
- ah não vai vir então?!
- tô chegando, espera.
-Tá.
Mais simples.
Parei ao lado do carro, ele dentro, de portas fechadas, um vento sul que me descabelou em apenas 05 minutos, até que ele resolvia sair ou sei-la que diabos fazia lá dentro, eu tentava arrumar meus cabelos, normal.
Ele saiu, a gente só se olhou.
Silêncio. Silêncio. Silêncio.
Ele me deu um beijo no rosto e um abraço, igual aos de sempre.
Silêncio. Silencio.
-E aí?
-E aí?Por um momento pareciamos estranhos. E veio a primeira pergunta, claro.
- Porque vc está assim?
- Assim como? (sou ótima em me fazer de vítima, acredite)
-Assim; brava, reinenta, bicuda, teimosa ... (e por alí foi inumeros adjetivos)
- Nem tô nada.--'
- Só porque eu sou GROSSO e ESTUPIDO?
AUIEHEUIAHEAUHEIUEAHUEIAHEIUAHEAIUEHAIUEHA
acredite, essa foi a melhor maneira de quebrar o gelo, sério. Acertou em cheio.
Fiz ele repetir várias vezes, o que você é?
o que? o que? o que? o que?
Sinceramente, até então não havia nenhuma novidade, mas só pelo fato de você se auto definir assim, eu achei o máximo.
A conversa começou a fluir, e o silêncio não apareceu mais.
O que apareceu então foi as cobranças, as brincadeiras com toda a verdade do mundo, as dores de cotovelo e as verdades na cara dura e crua, sem receio, sem medo, sem se importar se o outro ia ou não gostar.
O que ele mais repetiu?
- eu odeio essa ironia.
- para de ser ironica fran.
- não sorria assim ironicamente.
- para, acredita em mim, tô falando sério.
O que eu mais repeti?
- páara, já sei disso.
- e disso também.
- afffs
- e onde doeu?
Depois de tanto se jogar tudo na cara, de tanto rir do ciúme alheio, pq realmente era engraçado, o vento veio mais forte, e de leve os pingos da chuva começaram cair sobre nós. Estamos alí a mais de uma hora "lavando roupa suja" como ele mesmo definiu, a chuva engrossou e ele disse:
- quer entrar?
- nem respondi, entrei.
- e antes que você reclame, sim tem cheiro de cerveja aqui.
- foco.
Citei alguns adjetivos de baixo calão, vagabundo, cachorro. imprestavel, sem carater e por aí foi, me esforcei ao máximo para lembrar-me de todos que já tinha ouvido algum dia.
- isso tudo é pq tu gosta de mim?
- não exatamente.
Então foi a vez dele achar todos os adjetivos de baixo calão do dicionário dele.
- Tonga, besta, ciumenta, doída, maluca, mandona e por ai foi.
- isso tudo é pq tu gosta de mim? (2)
- não exatamente.
enfim, enfim, enfim, enfim, enfim, enfim.
Para acalmar os animos, uma música.
E já eram quase dez horas, e já fazia tempo de mais que estavamos alí dentro, e lá fora não tinha mais chuva.
Falei que tinha que ir, era necessário antes que algo fosse acontecer.
- Vou levar o cd.
- Não vai não.
- Vou sim., nãoe stou pedindo, estou avisando.
Tirei ele, segurei-o na mão esquerda com força, como se fosse precioso.
Então as proximidades começaram.
Sintonizar uma nova estação de rádio era preciso, mas sobre minhas pernas parecia o caminho mais atraente.
Eu?imovel.
O coração começou a bater mais rápido, e as malditas proximidades foram ficando cada vez mais próximas.
Mensagem ao celular.
- Acabou a minha aula.
A aula da pessoa e a minha noite acabaram alí.
Abri a porta disse: vou indo, é bem melhor.
E bati ela levemente, tão de leve que pode que nunca mais abrirá.
Só.
''...E eu fico muito comigo mesmo nisso tudo — cada vez mais
sufocado, mais necessitado que pinte um VERDADEIRO ENCONTRO com
outra pessoa, seja em que termos for. Parece que ou eu ou os outros não somos
mais tão disponíveis. Será que estou fechando, perdendo a curiosidade? Eu não sei.
Vou dormir...''
sufocado, mais necessitado que pinte um VERDADEIRO ENCONTRO com
outra pessoa, seja em que termos for. Parece que ou eu ou os outros não somos
mais tão disponíveis. Será que estou fechando, perdendo a curiosidade? Eu não sei.
Vou dormir...''
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