segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

dias

ontem fui ao cemitério, fazia muito tempo que não ia mais lá.
fui ver meu vô, poxa que saudades dele.
sabe, a gente vive ao lado das pessoas mais importantes e esquece de fala pra elas o quanto importante elas são pra nós, não é discurso de arrependida, não é não, é alguém que desabafa em um sentido amplo.
Vendo seu porta-retratos alí, dentro daquela casinha, eu atravez do vidro conseguei sentir a sua pensença e por um momento até seu cheiro.
Cheiro de honestidade, fidelidade e amor. Cheiro de vô.
Ah tanto tempo que a gente não se vê, mas eu guardo somente lembranças boas suas, da gente e de toda a tua parafernalia que eu acha inutil e hoje vejo o quanto isso te fazia feliz.
Hoje fui lá onde tu costumava ficar, sempre, o tempo todo, é acho que o céu tá e muito bem limpinho, afinal o maior e melhor fabricante de vassouras tá do lado de Deus.
Aqui a gente sente muito a sua falta, das inumeras cuias de chimarrão que você me oferecia, ou então das vezes que você tentava acertar meu nome e seu lado alemão bem alemão só conseguia mencionar - frantske. Era engraçado, mas me dá uma saudade.
Da sua mania de mascar palitos, de andar com as mãos pra trás, ou de quando você se escondia da vó pra fumar, hehe ou da sua incrivel capacidade de ter 80 e poucos anos e ainda andar de bicicleta.
É disso que a gente lembra. E do seu sorriso e das suas piadas, a gente lembra de ti.

Aproveitando ontem também fui ver outras pessoas queridas, por suas histórias e pelo ar de suas graças.
Visitei a mãe da Nay, que nunca vi, somente por fotografias, mas que é muito querida só por suas histórias, lembraças e pelas pessoas que ela deixou aqui.
Visitei também meu caro Cleber, que a pouco tempo resolveu ter muita coragem e ir embora, por mais ou menos problemas que as pessoas possam ter, elas sempre irão ter histórias. Acho que é preciso ter coragem pra viver, mas acho que é preciso muito mais para se tirar a vida.

Cemitério é algo bem triste, mas transmite um carinho enorme.

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