Apenas uma segunda-feira, sem mais, sem menos. Sem graça.
Sono, fome, nostalgia. Porém uma segunda-feira com um sorriso no canto da boca. Sem motivos, sem motivos pra quem não entende nada de saudade. Pensamentos distintos e soltos, que vinham e desapareciam rapidamente, os olhos suplicavam um olhar, não apenas qualquer olhar.
Eu sabia exatamente qual era a sua necessidade.
Tudo parecia extremamente previsível. Ou não.
Sentia-me pequena, ali sentada, ali sozinha.
Negando sentimentos, negando vontades e negando o que meus olhos suplicavam.
Já havia me despedido de quem sempre esteve ali.
Não cabia mais do lado de dentro, transborda, exala, inflama, necessitava sair.
Não havia coisa que eu poderia falar, estava começando a me preocupar comigo mesma.
A impaciência estava me consumindo, já fazia uma semana que escutava a mesma música conseqüentemente, estava rodeada por um sentimento condicional, escolhido por mim, mantido por mim.
Deixei de achar que tudo podia com minha teimosia, resolvi inovar.
Pensei em mim. Pensei em nós.
O nós me fazia muita falta. Mesmo sabendo das condições, mesmo sentido aquele gosto amargo, e a partir dai não quis mais ser compreendida.
Eu não poderia mais permitir roubar isso de mim.
Amor-próprio, atrevido, teu.
Fugir não adianta. Parece me hipnotizar. Imperfeito. Nada comum.
E depois disso, descobri minha obsessão por cada coisa em seu lugar, descobri também que não sou disciplinada por virtude. Então, minha maior saudade, minha maior obsessão e o meu maior desafio têm sim um nome.
Munida de uma insegurança traiçoeira e um orgulho inútil, assisti toda minha medo sendo transformado em força.
Confusa, sobrecarregada e vazia, fechei meus olhos e senti muita raiva de mim mesma.
Logo, recomposta e usando um novo par de olhos, olhei para cima e agradeci.
- Tudo que me destes foi necessário, desde o sofrimento mais rotineiro até o sorriso mais tonto. Certamente eu estava mais segura de mim.
Hoje vejo em ti o sorriso mais belo, o cúmplice perfeito, o poço de segredos, o sonhador mais realista.
Me sinto eu quando estamos perto.
É o meu sol da meia-noite.
E não tem porque procurar explicação.
É o que é, e por ser tão simples se torna cada dia mais especial.
“Para você conquistar algo que nunca teve, deve fazer algo que nunca fez”
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
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